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A Igreja de Nossa Senhora da
Abadia
A Construção
Somente na
segunda metade do século XIX, Porto Real começa o seu lento desenvolvimento,
motivado pela construção da igreja dedicada à Nossa Senhora da Abadia.
Segundo a
tradição, foi Domingos Gonçalves de Carvalho, natural de Barbacena (MG), quem
assumiu a direção da obra, chefe que era de uma comissão formada em 1853 e
destinada a construir o novo templo para substituir á antiga e rústica capela.
A tarefa
foi acolhida e executada com entusiasmo, mas muito sacrifício.
Os
fazendeiros da região doaram significativas quantias para a obra.
Existe a fotocópia de um compromisso de doação no valor de
trezentos mil réis, passado com todas as garantias legais, pelos fazendeiros
Dona Theodora de Nazaré, Joaquim Telles de Carvalho... Datado de 18 de novembro
de 1853.
Durante a
construção, de 1858 a
1862, os fazendeiros deslocavam-se para o povoado para acompanhar a borá, cada
um por determinado tempo. E cediam seus escravos para ajudar no trabalho.
Domingos
Gonçalves de Carvalho faleceu antes de ver concluída a construção da igreja que
iniciara para cumprir um voto feito à virgem. Seu cunhado, Capitão José Garcia
Pereira, assumiu a continuidade das obras.
No último
degrau do trono do altar-mór está gravada, a forma, a data de seu término: 14
de março de 1862.
A igreja
sofreu, pelo menos, quatro grandes reformas o que impede uma descrição exata da
sua construção original.
Sua posição
original é em meia encosta, a fachada voltada para oeste, tendo a sua frente o
núcleo mais antigo da cidade e o Rio São Francisco que prossegue ao lado
descrevendo graciosas curvas.
Através de
fotos e informações foi possível saber que a fachada principal com entrada
central através de ampla porta fechada por duas folhas de almofadas,
apresentava quatro janelas em duas ordens e duas torres laterais com janelas
nas quatro faces e telhado colonial.
Em frente à
igreja, foi erguido um cruzeiro com os símbolos da Paixão.
Consumido pelo tempo, dele restaram a haste principal e os
braços prestes a cair.
Em 1937,
missionários franciscanos pregaram missões na paróquia propondo então a
restauração da cruz. O trabalho foi realizado e outro cruzeiro foi erguido
sobre um cofre contendo lembranças do acontecimento: ata, jornais e outros
objetos. Na época da pavimentação do adro, a cruz foi retirada.
No
interior, a igreja compunha-se de uma nave central, duas naves laterais, um
presbitério, um coro em forma de “U” que avançava sobre as naves laterais.
Atrás do presbitério ficava a sacristia.
Excetuando-se
a sacristia, essa estrutura original do interior pouca modificação sofreu com
as reformas.
O piso da
nave era assoalho em dois níveis divididos por balaustrada em assadeira. O
forro todo em tabuado de madeira.
Três
retábulos de madeira, cedro, foram entalhados e policromados.
Consta que o entalhador do altar-mór seria de Ouro Preto e o
dos laterais, dedicado a São José e São Sebastião, seria Inácio Teixeira de
Carvalho, de Formiga.
A igreja de
Nossa Senhora da Abadia pode ser considerada um obra arrojada para época, pelos
altares belíssimos e lindas imagens, a maioria por certo, importadas. Seu
modelo arquitetônico é peculiar, não podendo, pelas características, ser
enquadrado em um só estilo da época.
A sagração
da igreja deu-se a 15 de agosto de 1862, ano gravado no altar-mór.
Do arquivo de Lucila Garcia de Carvalho
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